Conselho Tutelar: Ana Lobo fala da importância da eleição para novos conselheiros
Poços de Caldas, MG – Em uma entrevista com Ana Maria Lobo de Carvalho, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, foram discutidos detalhes essenciais sobre a próxima eleição para o Conselho Tutelar e a relevância dessa escolha para a comunidade.
Ana Maria começou explicando a importância do Conselho Tutelar e o papel dos conselheiros: “É importante esclarecer à sociedade que os conselheiros tutelares são escolhidos por nós, cidadãos, e não nomeados ou concursados. Nós vamos escolher os candidatos para os próximos quatro anos. O processo seletivo começou em fevereiro, com inscrições, provas de conhecimento e avaliação psicológica. Agora, temos trinta e quatro candidatos, sendo dezoito na região sul-oeste e dezesseis na região centro-oeste.”
Ela também explicou quem pode votar na eleição: “Qualquer pessoa que tenha tirado o título de eleitor antes de maio deste ano pode votar. A eleição ocorrerá no dia primeiro de outubro, um domingo, das oito às cinco da tarde. É necessário levar o título de eleitor e um documento com foto. Esta eleição será realizada pela primeira vez por urna eletrônica, com cinco locais de votação.”
Ana Maria detalhou ainda o processo de votação e o número de conselheiros a serem eleitos: “Vamos eleger dez conselheiros, sendo cinco para cada conselho. Os demais candidatos se tornarão suplentes, com base na ordem crescente de votos. É importante ressaltar que os eleitores devem votar nos candidatos da região correspondente à sua zona eleitoral.”
Sobre a função do Conselho Tutelar, Ana Maria enfatizou: “O Conselho Tutelar tem como objetivo zelar e garantir os direitos das crianças e adolescentes, proporcionando-lhes uma infância e juventude seguras e felizes. Não se trata de tirar filhos das famílias, mas sim de garantir que os direitos das crianças sejam respeitados e protegidos.”
Ela também mencionou o processo de apresentação dos candidatos à comunidade: “Os candidatos podem se apresentar à comunidade, principalmente se já estão envolvidos em trabalhos com crianças e adolescentes. Eles podem distribuir panfletos, mas existem algumas proibições, como outdoors, camisetas com propaganda, vínculo com partido político e atividades em espaços religiosos ou públicos.”
Por fim, Ana Maria comentou sobre uma audiência pública na câmara municipal, onde se discutiram projetos e programas relacionados a crianças e adolescentes: “A audiência de ontem nos permitiu discutir o diagnóstico que foi feito, mas começou durante a pandemia e precisou ser adaptado devido às restrições. O diagnóstico nos dará diretrizes para desenvolver estratégias e políticas públicas a curto, médio e longo prazo, especialmente considerando o aumento da vulnerabilidade e problemas de saúde mental após a pandemia.”
Paulo Vitor de Campos
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