Exploração de Terras Raras em Poços de Caldas é tema de seminário na OAB
Poços de Caldas,MG – A OAB, subseção Poços de Caldas promoveu, na noite da última quarta, 25, o 1º Simpósio sobre Terras Raras – impactos ambientais e desenvolvimento sustentável, que contou com a participação de jornalistas, sindicalistas da área, educadores e pessoas ligadas à questão ambiental no município. Como um dos convidados do simpósio, Marcelo J Carvalho, diretor executivo da Meteoric Resources, empresa que inicia, em breve, a exploração de terras raras no município.
Pela prefeitura, compareceram ao evento o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Franco Martins, o coordenador de Fomento e Indústria, Gustavo Cotrin e o diretor do Departamento Municipal de Meio Ambiente, Joelmar de Andrade.
“Estivemos participando do simpósio, para prestar esclarecimentos, caso fosse solicitado pelos debatedores. Foi uma discussão muito assertiva acerca do tema, onde foi falado sobre a importância do empreendimento para a economia do município e deixamos claro que a Prefeitura está realizando todo o acompanhamento necessário para esta instalação, inclusive do processo de licenciamento ambiental, a fim de não apenas impulsionar o desenvolvimento da cidade, mas também preservar essa questão do meio ambiente”, ressaltou Franco Martins.
O simpósio contou com as participações de Roberto Tereziano, jornalista e historiador; prof Diego Sardinha, da Unifal; Adão Francisco de Sousa, sindicato dos trabalhadores nas indústrias extrativas minerais de Poços e região e do diretor da Meteoric Resources.
Terras Raras
No último mês de agosto, o governador Romeu Zema esteve em Poços de Caldas para a assinatura do protocolo de intenções com a empresa Meteoric Resources NL para a extração de terras raras em Minas Gerais. O investimento da empresa será superior a R$1 bilhão no projeto de extração de argila iônica nas terras raras da região de Poços de Caldas. A expectativa é de geração de 700 empregos.
Os minerais originários das terras raras são utilizados em várias indústrias, principalmente na produção de energia renovável (turbinas eólicas e células fotovoltaicas), cabos, ímãs, baterias, entre outros produtos e equipamentos.
Os estudos sobre a qualidade e a quantidade dessas reservas são feitos há 12 anos pela Togni. Esses ensaios apontaram que o material possui um alto potencial mercadológico. Atualmente, a China concentra cerca de 90% da produção mundial de terras raras.