Operação de Transporte de Órgãos Vitais: uma corrente de vida
Poços de Caldas, MG – Segunda-feira, 30, os Policiais Militares da 6ª BRAvE – Base Regional de Aviação do Estado, sediada em Poços de Caldas, foram acionados para uma missão de vital importância: o Transporte de Órgãos Vitais (TROV). Essa operação consiste no traslado de uma equipe médica especializada em captação de órgãos e transplantes, em uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Polícia Militar de Minas Gerais.
A missão teve início às 6h, com a decolagem da aeronave com destino a Itajubá, onde a Guarnição Aérea embarcou a equipe médica. Em seguida, a aeronave deslocou-se até a cidade de Passos, onde a captação dos órgãos teria início. A equipe médica de Itajubá realizou a captação de 02 rins e 01 fígado, dando início à corrida contra o tempo.
Cada órgão tem um tempo limitado para ser reimplantado com sucesso, tornando a velocidade e a eficiência da operação essenciais. A agilidade é fundamental para garantir que esses órgãos cheguem aos pacientes que necessitam de transplantes no tempo mais curto possível.
O aspecto dessa missão é a colaboração entre duas equipes médicas. Enquanto a equipe de Itajubá estava envolvida na captação dos rins e do fígado, uma segunda equipe de Belo Horizonte estava embarcada no avião da Polícia Militar, o Pégasus 16. Esta equipe foi responsável por captar outro órgão do mesmo doador, que havia manifestado o desejo de ser um doador de órgãos em vida.
A equipe de Belo Horizonte ficou encarregada da captação do coração, um órgão que deve ser reimplantado em até 4 horas após a retirada. Portanto, o avião seguiu diretamente para a capital mineira, garantindo a rapidez necessária para o sucesso do transplante.
O doador, em seu último ato de generosidade, contribuiu para salvar quatro vidas no total. Seu coração foi destinado a Belo Horizonte, um rim permaneceu em Passos, outro foi direcionado para Pouso Alegre, e o fígado seguiu para Itajubá.
Vale ressaltar que um único doador de órgãos pode salvar até oito vidas. No entanto, a doação de órgãos e tecidos só pode ser realizada mediante a autorização da família. Portanto, é crucial que as pessoas compartilhem sua vontade de se tornar doadoras com seus entes queridos, para que, em um momento crítico, a doação possa ser concretizada. Atualmente, cerca de 43% dos familiares não autorizam a doação de órgãos, muitas vezes por falta de informação, desconhecimento da vontade do doador ou questões religiosas.
A 6ª BRAvE se orgulha de ser parte dessa corrente pela vida, que é continuada através das mãos dos dedicados médicos e enfermeiros da Secretaria Estadual de Saúde.