Ex-atleta da seleção brasileira de ginástica ritmica ministra aulas para meninas de Poços
Poços de Caldas, MG – A ginasta Vitória Guerra, que faz da equipe do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre está atualmente em Poços de Caldas, onde compartilha sua vasta experiência com as jovens atletas treinadas por Branco Cardoso. A estadia de Vitória na cidade se estenderá até o final desta semana.
Embora tenha encerrado sua carreira competitiva em 2023, Guerra acredita que ainda tem muito a oferecer às novas gerações. Em 2019, ela fez parte da seleção brasileira que se destacou nos Jogos Pan-americanos de Lima, contribuindo para a conquista da medalha de Bronze no Conjunto Geral e no Conjunto 5 Bolas. Ainda no Pan-americano de Lima Vitória foi medalha de ouro nos aparelhos mistos (maça e arco).
O Mantiqueira teve a oportunidade de conversar com a ginasta, que expressou seu encantamento com Poços de Caldas, cidade que visita pela primeira vez. Guerra também compartilhou sua decisão de encerrar a carreira competitiva para se dedicar aos estudos, iniciando a faculdade de Odontologia.
“Competi até o ano passado, no Brasileiro individual e estadual, mas decidi priorizar esta nova fase da minha vida, que é a dos estudos. É por isso que parei de competir”, explicou Guerra.
Sobre sua perspectiva para essa nova fase de compartilhar suas experiências como treinadora, Guerra destacou que, embora não tenha planos de se tornar treinadora, pretende contribuir positivamente para o desenvolvimento das jovens atletas.
“Não tenho intenção de ser treinadora, mas o que eu puder passar de experiência para essas meninas vale muito para mim. Com 15 anos sendo ginasta, fui atleta da seleção brasileira, participei de finais mundiais e Jogos Pan-Americanos. Quero poder ajudar, trazer experiências diferentes e fazer algo de bom para elas”, enfatizou Guerra.
Vitória Guerra disse que é sua perspectiva sobre o atual cenário da ginástica rítmica no Brasil, em meio à proximidade dos Jogos Olímpicos.
“O momento da ginástica rítmica no Brasil é bastante promissor. As meninas tiveram um desempenho incrível no campeonato mundial do ano passado, conquistando a vaga para as Olimpíadas. Estão se dedicando aos treinos, e eu acredito que teremos uma representação brilhante na Olimpíada”, afirmou Guerra, otimista com o futuro da modalidade no país.
Questionada sobre sua relação com o treinador poços-caldense Branco Cardoso, Guerra revelou uma parceria que remonta aos seus primeiros passos na ginástica. “Comecei em Belo Horizonte, minha cidade natal, e mesmo morando em Porto Alegre, o Branco foi meu primeiro professor quando eu era parte da escolinha. Ele foi a primeira pessoa a acreditar em mim, a me ajudar a crescer junto com minha família. Sempre tive o apoio dos meus pais, mas o Branco foi crucial, sendo o primeiro a dizer que eu conseguiria e que iria ajudar”, compartilhou a atleta.
Vitória Guerra destacou a importância dessa parceria ao longo de sua carreira e como o treinador desempenhou um papel fundamental em seu desenvolvimento como ginasta. “Ele foi essencial para minha jornada. Desde os primeiros passos até os momentos de destaque, como o título Pan-Americano, o Branco sempre esteve lá, incentivando e acreditando em mim”, ressaltou.
Conquistas
Ao abordar sua carreira como atleta, Guerra, que ostenta o título Pan-Americano, expressou gratidão pela confiança depositada nela desde os primeiros dias. “Conquistar o título Pan-Americano foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira. Além disso, tive a oportunidade de representar o Brasil em competições internacionais, o que me enche de orgulho. Essa trajetória, além das conquistas, é marcada pelo apoio contínuo do Branco e da minha família”, concluiu Vitória Guerra. “Ao longo da minha carreira, conquistei diversos títulos, como campeonatos brasileiros, estaduais e até mesmo fui campeã gaúcha. Minha primeira experiência internacional aconteceu em 2011, quando tinha apenas 9 anos. Com 10 anos, participei da minha primeira competição internacional, marcando o início de uma jornada de competições desde muito jovem. Sempre amei competir, e essa paixão me impulsionou ao longo de uma carreira longa e repleta de desafios”, compartilhou Guerra.
Ao abordar a questão da idade na ginástica rítmica, Guerra esclareceu que não há uma idade limite estrita para os atletas, mas ressaltou que a carreira costuma ter uma duração relativamente curta. “A ginasta mais velha até hoje competiu até os 30 anos. Não é uma carreira muito longa, mas é intensa e recompensadora”, explicou.
Sobre sua visita a Poços de Caldas, Guerra expressou sua satisfação em estar na cidade pela primeira vez. “Estou amando a experiência aqui. É uma alegria poder compartilhar meu conhecimento com essas jovens ginastas, ensinando e incentivando. Espero que elas aproveitem cada momento, e meu desejo é contribuir para melhorar suas vidas e trajetórias no esporte”, afirmou Guerra.
A ginasta permanecerá em Poços de Caldas até domingo, antes de retornar a Porto Alegre.
Paulo Vitor de Campos
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