Sindiextra
O presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Luís Márcio Viana, participou nesta terça-feira (19/3) de uma conferência com empresários alemães da área da mineração para debater tecnologias, soluções e práticas sustentáveis para o setor. O evento “Green & Smart Mining” foi promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) em parceria com o Ministério Federal alemão de Economia e Proteção Climática (BMWK) e aconteceu no hotel Mercure, em Belo Horizonte.
A delegação veio a Belo Horizonte como parte de um programa de desenvolvimento de mercado para pequenas e médias empresas alemãs. Esta edição do projeto tem como foco empresas com tecnologias inovadoras para o tema “Mineração verde e inteligente”.
Representando a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Luís Márcio Viana falou sobre a importância da mineração para o Estado e de como a parceria entre a Alemanha e Minas Gerais tem sido proveitosa para a indústria mineira.
“Minas Gerais é o centro da produção mineral do Brasil, são mais de 50 minérios explorados comercialmente entre minerais metálicos e não metálicos. O Estado participa com 41,4% do Valor da Produção Mineral do Brasil, sediando as principais empresas extratoras, e a mão de obra mais qualificada no setor”, disse.
O presidente do Sindiextra destacou ainda que Minas Gerais foi o primeiro Governo Subnacional da América Latina e Caribe a aderir à campanha Race to Zero, da qual a FIEMG também é signatária. “O Estado tem a Matriz Energética Renovável mais limpa do país com 95,4% de fontes renováveis, índice superior à média do Brasil e, por meio do Programa Missão Carbono Zero, a FIEMG busca apoiar as indústrias nas estratégias de descarbonização estão sendo elaborados inventários de gases do efeito estufa”, destacou.
Já os desafios atuais para a indústria mineira, segundo Viana, “estão voltados para a digitalização industrial e o desenvolvimento da IOT, assim como pela transição energética em direção a uma indústria sustentável e competitiva”.
Além disso, ele apresentou a estrutura da FIEMG aos alemães e falou sobre a importância da parceria entre o país e a indústria mineira. “Consideramos a Alemanha como um parceiro fundamental no desenvolvimento de tecnologias para ampliar a sustentabilidade nos diversos segmentos da indústria”, disse.
Viana citou a parceria do Centro de Tecnologia e Inovação SENAI com o Instituto Fraunhofer, que traz oportunidades de transferência de tecnologias, produtos e serviços inovadores e viáveis, que podem ser aplicados na indústria. Também falou sobre a atuação da FIEMG, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), na viabilização de oportunidades comerciais e incremento da competitividade da indústria mineira no mercado externo, que culminou na realização do Encontro Econômico Brasil – Alemanha (EEBA), em março de 2023, maior evento bilateral entre os dois países e que contou com a participação de mais de 1.500 brasileiros e alemães. Por fim, falou sobre a Missão Alemanha, que ocorrerá em abril deste ano, e levará uma comitiva de 150 empresários mineiros à Hannover Messe, maior feira de tecnologia para a indústria do mundo.
Além dele, também falaram na abertura: Kathleen Garcia, secretária de Estado Adjunta de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; Katharina Gerlitz, coordenadora do Centro de Competência de Mineração e Recursos Minerais (AHK SP); Benjamin George, Conselheiro de Assuntos Econômicos, Digitais e Transporte da Embaixada da República Federal da Alemanha; e Julio Nery, diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Na sequência, representantes das 8 empresas integrantes da comitiva alemã – Feluwa Pumpen GmbH, ifm electronic GmbH, Putzmeister Holding GmbH, RWE Technology International GmbH, Terra Montan Gesellschaft für angewandte Geologie GmbH, TPM Engineers GmbH, VEGA Grieshaber KG e WIKA Alexander Wiegand SE & Co. KG – apresentaram projetos e soluções inovadoras com o intuito de estabelecer parcerias com empresas e instituições brasileiras.
Fonte: SINDIJORI MG