O candidato em tempo de eleições

Hugo Pontes
Professor, poeta e jornalista

Longe deste artigo querer dar diretrizes para um candidato em campanha eleitoral. Mas vai a pergunta caso eu fosse um candidato: O que o eleitor quer de mim?
Se levarmos em conta todo o ambiente atual pelo qual a sociedade transita e enfrenta, podemos dizer que o eleitor não espera do candidato promessas, notadamente se levarmos em conta que, na maioria delas, são vazias, pois muitos candidatos a vereador e prefeito não sabem como é o serviço público.
Outubro vem aí!
O candidato pode e deve, de olho nas telas do computador ou do celular, prestar a atenção nas redes sociais. A internet veio para ficar e alcança, hoje, mais público do que os jornais, as revistas, a rádio e a televisão. O cidadão/eleitor hoje, tem uma ferramenta poderosa para se comunicar, quer por palavras, imagens e sons produzidos por eles mesmos.
E o candidato deve perguntar a si mesmo: o que o eleitor quer de mim?
Resposta limpa e clara: bom relacionamento e trabalho.
E vem a pergunta: Como estabelecer esse relacionamento? Claro está que não é simples responder, mesmo porque muitas vezes o candidato não tem a capacidade de se relacionar. E, segundo os especialistas, para que o relacionamento aconteça é preciso que o candidato se deixe conhecer; é preciso que ele saiba ouvir, pois o eleitor – que está hoje nas redes sociais – quer emitir opinião e obter respostas concretas.
O cidadão/eleitor quer saber de conteúdo concreto, informação e troca de ideias, ações e realizações.
Daí deduz-se que, da parte do candidato e seus assessores de campanha, o planejamento é essencial, sobretudo se levarmos em conta que as redes sociais podem ser uma aliada, mas não a salvação da campanha.
Não havendo propostas possíveis de serem realizadas e que contemplem as necessidades da população o uso das redes sociais pode se tornar uma faca de dois gumes.
Por isso, não adianta o candidato ir para a rede apenas por ir, sem saber o que e como fazer. O planejamento é essencial! Além disso, é necessário entender que as redes sociais podem ser uma aliada, mas não a salvação da campanha. Se não houver boas propostas, um plano de governo factível, que atenda às necessidades da população; se não houver o interesse em ouvir essa população, a ida para as redes sociais poderá ser um fracasso.
Iniciamos este artigo falando de relacionamento e é sabido que relacionar é mostrar confiança e não se conquista confiança a curto prazo tendo como instrumento um discurso vazio de palavras cuja intenção é enrolar o eleitor para conquistar um voto. Um voto! É com esse primeiro voto que se conquista uma eleição.

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