Confusões & Calafrios: Série Vaga-lume indica Silvia Cintra Franco
Poços de Caldas, MG- A Ilha Perdida. Um cadáver ouve rádio. O Escaravelho do Diabo. O Caso da Borboleta Atíria. Zezinho, o dono da porquinha preta. Os Barcos de Papel. Um leão em família. Principal referência literária de pelos menos três gerações de crianças e jovens, a Série Vaga-lume completa 50 anos de lançamento em 2023. Para celebrar os sucessos que seguem impactando os jovens leitores de ontem e de hoje, o Sistema Municipal de Bibliotecas Públicas de Poços divulga, toda semana, um autor da coleção com as indicações de livros disponíveis para empréstimos nas cinco unidades.
A Coleção Vaga-lume foi lançada pela editora Ática em 1973. Voltada para o público infanto-juvenil, ela rapidamente se popularizou, principalmente por seu uso em escolas. A coleção conta com mais de 100 títulos em seu catálogo, divididos entre as séries Vaga-Lume e Vaga-Lume Jr., para leitores com faixa etária entre 10 e 20 anos. O último livro “Os Marcianos”, de Luiz Antônio Aguiar, foi publicado em 2021.
Nesta semana, a autora indicada é Silvia Cintra Franco. Silvia nasceu em São Paulo, em 26 de janeiro de 1952. Graduou-se em Língua e Literatura Portuguesa e Latina pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em 1974. Autora de livros de aventuras dirigidos ao público juvenil, publicou sua primeira obra em 1984 e desde então não parou mais de escrever e publicar.
Seu nome é verbete do Dicionário Crítico da Literatura Infantil e Juvenil Brasileira, de Nelly Novaes Coelho. São temas de seus livros assuntos como ecologia, esportes, história, imigração, além de cenários como Idade Média, Peru, Pantanal que a autora vai descobrindo em meio às suas viagens e inquietações. Lecionou Linguística na USP, trabalhou na Fundação Carlos Chagas, no Conselho da Condição Feminina e coordenou a área de Relações Públicas da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Faleceu de câncer no ano de 2015.
Silvia Cintra Franco foi uma autora com o pique das aventuras que gostava de sonhar e depois passar para o papel. Seu texto reflete o bom humor e o otimismo com que encarou a vida, além de uma certa ironia e espírito crítico para mostrar o há de contraditório, ridículo e extravagante no dia a dia.
Ao escrever seus livros, Silvia realizava pesquisas de campo. Dizia “são a parte mais gostosa e divertida. Todos os livros que publiquei na Série Vaga-Lume me deram esse prazer: para criar Aventura no Império do Sol, visitei Macchu Picchu, a cidade perdida dos incas, no Peru. Na Barreira do Inferno deu-me a oportunidade de revisitar as dunas brancas e altas de Natal, no Rio Grande do Norte. E O desafio do Pantanal me levou para os campos pantaneiros cheios de pássaros, jacarés-de-papo-amarelo e veados-campeiros”.
O Sistema Municipal de Bibliotecas Públicas tem duas obras da autora dentro da Série Vaga-lume para empréstimo: Confusões & Calafrios e Na Barreira do Inverno, nas bibliotecas Centenário (Urca), Júlio Bonazzi (Monjolinho) e Manuel Guimarães (Cohab).
Confusões & Calafrios
Fafá gostaria de ter a mesma confiança de sua irmã, Tina, e do primo, Mozart, nos planos que a dupla criava. Mas como adorava ideias e novidades, a menina sempre acabava ajudando, ou melhor, armando confusões com eles. Até porque, desta vez, o assunto é sério e precisa ser investigado: envolve espionagem industrial, bombons envenenados, vários acontecimentos misteriosos e uma figura estranha que vive rondando a fábrica de cervejas Schmidt, em Blumenau (SC). Como sempre, nem tudo dá certo. Quer dizer, quase tudo dá errado. Com lances cinematográficos, o trio de detetives chega bem próximo do perigo e sente cada friozinho na espinha! As confusões de Fafá, Tina e Mozart são pura diversão, mas é bom o leitor estar preparado para sentir muitos calafrios!
Na Barreira do Inferno
Quatro jovens preparam um trabalho escolar sobre um satélite ecológico. Acabam por presenciar um assassinato e descobrem ameaças ao ecossistema. O tema central de Na Barreira do Inferno é a ecologia, uma causa que veio para ficar. A sobrevivência do planeta é fundamental para que os que o habitam, do mesmo modo como é importante a qualidade de vida de todas as pessoas, sem qualquer discriminação.