Mercado de Trabalho em Poços registra pequena perda de empregos em julho
Poços de Caldas, MG – De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho em Poços de Caldas apresentou um saldo negativo em julho, com um total de 2.420 admissões e 2.445 desligamentos, resultando em uma perda líquida de 25 empregos. O estoque de empregos na cidade permanece em 52.827.
Setores e Variações
Agropecuária: O setor registrou 33 admissões e 133 desligamentos, resultando em um saldo negativo de 100 vagas, com uma redução de 11,31% no estoque de empregos.
Indústria: Foram realizadas 407 admissões e 411 desligamentos, com uma perda líquida de 4 empregos e uma leve diminuição de 0,04% no estoque de empregos.
Construção: O setor viu 181 admissões e 169 desligamentos, com um saldo positivo de 12 vagas e um aumento de 0,50% no estoque.
Comércio: Com 650 admissões e 613 desligamentos, o setor apresentou um saldo positivo de 37 empregos, refletindo um crescimento de 0,34% no estoque de empregos.
Serviços: Houve 1.149 admissões e 1.119 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 30 vagas e uma leve elevação de 0,11% no estoque.
Detalhamento por
Ocupação
Membros Superiores do Poder Público e Dirigentes: 43 admissões e 44 desligamentos, com uma redução de 1 vaga.
Profissionais das Ciências e Artes: 91 admissões e 93 desligamentos, com uma perda líquida de 2 empregos.
Técnicos de Nível Médio: 219 admissões e 211 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 8 vagas.
Trabalhadores de Serviços Administrativos: O setor teve 416 admissões e 435 desligamentos, resultando em uma perda líquida de 19 vagas.
Trabalhadores dos Serviços e Vendedores do Comércio: Com 876 admissões e 819 desligamentos, o setor criou 57 novas vagas.
Trabalhadores Agropecuários e Florestais: Registrou 46 admissões e 139 desligamentos, com uma perda de 93 vagas.
Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços Industriais: Foram 581 admissões e 524 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 57 vagas.
Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços Industriais (8): Estável, com 100 admissões e 100 desligamentos.
Brasil
Após subir em junho, a criação de emprego formal caiu em julho. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 188.021 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos subiu 32,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em julho de 2023, tinham sido criados 142.107 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Em relação aos meses de julho, o volume foi o maior desde 2022.
Nos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.492.214 vagas. Esse resultado é 27,2% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
O resultado acumulado é o maior desde 2021, quando tinham sido criados 1.787.662 postos de trabalho de janeiro a julho. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Apesar da aceleração em julho, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manifestou preocupação com um possível aumento de juros no segundo semestre. Tradicional crítico da política monetária do Banco Central, ele disse que uma possível elevação na Taxa Selic (juros básicos da economia) pode comprometer os investimentos e prejudicar o mercado de trabalho e o orçamento público.
“Isso [um possível aumento de juros] é uma aberração econômica. Espero que o Banco Central fale sobre controlar a inflação pela oferta, não pela restrição de demanda”, disse o ministro em entrevista coletiva.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em julho. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 79.167 postos, seguidos pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 49.471 postos a mais. Em terceiro lugar, vem o comércio, com a criação de 33.003 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou na constrição civil, com a abertura de 19.694 postos. Mesmo com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária criou 6.688 vagas no mês passado.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 45.352 postos formais. A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 11.102 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 45.803 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, que abriu 1.986 vagas.
As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em julho. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 82.549 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 39.341 postos. Em seguida, vem o Sul, com 33.025 postos. O Centro-Oeste abriu 15.347 postos de trabalho, e o Norte criou 13,5 mil vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, apenas o Espírito Santo registrou saldo negativo, com a eliminação de 1.029 vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+61.847 postos), Paraná (+14.185) e Santa Catarina (+12.150). Os números mais baixos de abertura de vagas foram registrados no Amapá (+472), no Tocantins (+205) e em Roraima (+137).
Rio Grande do Sul
Em relação ao Rio Grande do Sul, o ministro do Trabalho e Emprego destacou que os dados positivos em julho refletem os investimentos do governo federal na reconstrução do estado, afetado por grandes enchentes em abril e maio.
Segundo os números do Caged, 6.690 vagas foram abertas no Rio Grande do Sul em julho. Esse foi o primeiro saldo positivo desde abril. “Eu achava que isso [a geração de empregos no território gaúcho] ia acontecer na passagem desse ano para o ano que vem. É uma surpresa muito positiva desse processo”, declarou Luiz Marinho.