Documentário sobre Antonio Candido é exibido no cinema do IMS/Poços

 

Poços de Caldas, MG – O filme terá sessões com debate no Instituto Moreira Salles de Poços de Caldas , São Paulo  e Belo Horizonte. A exibição em Poços de Caldas, onde Antonio Candido viveu de 1930 a 1942, acontece no dia 26 de setembro, às 19h, com participação de Maria José de Souza (Tita) e Eduardo Escorel, e mediação de Marcelo Leme. Entrada gratuita.

Os textos que deram origem ao filme foram “Prós e contras” e “O pranto dos livros”. “O filme que estreia agora resulta do impacto da leitura desses dois textos tão instigantes”, define o diretor Eduardo Escorel. “No primeiro, Candido revê a luta contra a ditadura do Estado Novo, da qual participou de 1942 a 1945, tendo se associado à opinião liberal contra o que parecia manifestação de fascismo. No outro, ele imagina estar fechado em um caixão à espera de ser cremado, enquanto seus livros choram lágrimas invisíveis”, resume o diretor. O narrador do filme é o ator paulista Matheus Nachtergaele. “Foi um desafio bonito botar a voz em um projeto tão pessoal do Eduardo Escorel como esse de narrar os últimos diários de vida de um mestre revolucionário, mas sereno que é Antonio Candido”, relembra. “Era preciso uma melancolia, mas não uma tristeza. Era preciso uma paixão educada, como é o retratado”, complementa. Ele conclui dizendo: “É um filme com a melancolia do fim de uma vida, mas com o otimismo de quem acredita no Brasil, ainda”.

“Antonio Candido, anotações finais” Documentário | 87 min | 2024 Dia 26 de setembro de 2024 nos cinemas Logline Além da obra publicada, Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. O documentário se baseia nos dois últimos, escritos entre 2015 e 2017.

Sinopse

Além da essencial obra publicada, quando morreu aos 98 anos, Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. Baseado nos dois últimos, Antonio Candido, anotações finais inclui comentários escritos entre 2015 e 2017. Temas recorrentes, entre vários outros, são os sinais de fragilidade física, notícias de jornal ou acompanhadas pela televisão – como a crise política da época –, preferências literárias, musicais e cinematográficas, evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas Gerais e lembranças de Gilda, sua mulher. O vasto acervo de fotografias do casal, além de imagens de arquivo e gravações originais, complementam o texto, dando acesso às reflexões de Antonio Candido frente à iminência do fim.

Foto: Antonio Candido, 1967 – crédito: Ana Luisa Escorel

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