Empresário Rodrigo Hasi traz palestra sobre “gestão humanizada” a Poços
Poços de Caldas, MG – Rodrigo Hasi, CEO da rede de academias Evoque, que espalhou quase 40 unidades por todo país em apenas seis anos, mesmo enfrentando falência e pandemia estará em Poços hoje.
O que dizer de um jovem empresário, de 37 anos, que em apenas seis anos construiu uma rede de academias com 38 unidades espalhadas por todo país, após enfrentar falência e pandemia? Rodrigo Hasi, CEO da Evoque, estará nesta sexta-feira (25), no Cenacon Centro de Convenções (Av. Vereador Edmundo Cardilo, 3.500, Jardim Del Rey), em Poços de Caldas (MG).
Na ocasião, ele falará sobre a humanização na gestão de academias, dando dicas de como construir uma holding de bem-estar, mesmo enfrentando adversidades. Tema útil para qualquer empresário, independentemente do ramo.
Filho de educadores físicos e apaixonado por motos – que passa a ser uma terapia, já que ele adora viajar entre duas rodas para relaxar as tensões do dia a dia –, Rodrigo sempre teve uma forte ligação com a atividade física e com a adrenalina. Ainda que a vocação tenha vindo de berço, nada caiu de mãos beijadas na vida dele. Pelo contrário: teve que lutar (e muito) por tudo que conquistou.
A primeira tentativa como proprietário ocorreu em 2012, aos 24 anos. Foi quando arrendou uma academia, em Mauá (SP). Não deu certo. Por falta de boa gestão, o negócio faliu em um ano. Resiliente, Rodrigo entendeu que precisava aprender e a crescer mais como gestor para alcançar algo maior. Assim, voltou a gerenciar academias. No caso, a própria Evoque, em Mauá (SP), na qual tinha bom relacionamento com os donos. Em 2018, surgiu a oportunidade de comprá-la. Juntou tudo que tinha guardado nos últimos anos, vendeu carro e moto para abraçar essa nova oportunidade. Mais experiente, o negócio decolou. Em pouco tempo, o número de alunos dobrou.
Daí, veio a pandemia.
“Obviamente, isso abalou o meu emocional no início. Mas também vi uma oportunidade de crescimento. Muitas academias fecharam e, portanto, existiam mais clientes no mercado. Foi só uma questão de conseguir estruturar-se rapidamente para buscar esse público que voltaria a fazer exercício físico”, conta Rodrigo. Certamente, a primeira experiência de fracasso deu suporte e sabedoria para que ele conseguisse sobreviver e até crescer na adversidade. Bingo: no final de 2020, mesmo na pandemia, conseguiu abrir a segunda unidade da Evoque, em Santo André (SP).
Em 2021, Rodrigo conheceu José Ramos, 38 anos, um empresário do ramo da tecnologia, que dava os primeiros passos no segmento de academias e que tornaria sócio dele na Evoque. O encontro desses dois jovens idealistas e com muita vontade de crescer, foi o que se pode chamar de “conexão empresarial à primeira vista”. “Tínhamos muitas afinidades e o Rodrigo mostrou que para um negócio prosperar não bastava ser apenas apresentável como eu pensava, mas ter boa gestão”, confessa Ramos. Ele não tem dúvidas que a rede Evoque cresceria de qualquer jeito e chegaria a esse ponto de grandiosidade atual. Mas com a participação dele, que entendia bem de logística, no comando do negócio, o crescimento foi mais rápido.
Modelo híbrido
A rede Evoque é a única do país que navega no modelo híbrido de negócios (low price full service), pautado em mensalidade bem em conta para o bolso do consumidor e um vasto cardápio de modalidades, algumas delas exclusivas. Portanto, é possível dizer que trata-se de um caminho próprio e certeiro, entre várias outros que seguem padrões bem conhecidos no Brasil, como o low cost, o full service, o nichado (que oferece uma única modalidade, caso dos estúdios de bike indoor ou de pilates) e o butique ou premium (inserido no mercado de luxo). Para se ter ideia do acerto, o faturamento bruto anual da Evoque é de cerca de 75 milhões de reais. E a previsão é que chegue a 50 unidades até o final de 2024.
Segundo Hasi, a inovação tanto na gestão, que valoriza os colaboradores da empresa, para que eles se sintam parte dela, vislumbrando uma carreira sólida a longo prazo, quanto nos serviços oferecidos, são pontos fortes do negócio. “Tudo é pensado em pessoas. Nossos funcionários formam uma grande família com direito, por exemplo, a ferramentas que fazem com que eles saibam gerir suas próprias finanças. E os nossos alunos contam com um leque gigantesco de modalidades, algumas atendendo necessidades específicas como as voltadas para a terceira idade. Tudo isso por um custo baixo”, diz ele.
Com cerca de 1 000 colaboradores e 60 mil alunos, a rede oferece mais de 22 modalidades, sendo cinco aulas coletivas exclusivas, caso do pilates ballance, mistura de movimentos da metodologia original, de ioga, de alongamento, de exercícios funcionais e de tai chi chuan.