O cenário social em Minas Gerais ganhou um alento significativo nos últimos anos. Dados recentes mostram que a pobreza no estado atingiu, em 2023, o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Após um aumento acentuado entre 2020 e 2021, quando o impacto da pandemia de COVID-19 agravou a situação econômica das famílias, a recuperação econômicas e políticas públicas desenvolvidas para uma redução expressiva nos índices de pobreza e extrema pobreza.
A proporção de mineiros vivendo com menos de US$ 6,85 por dia (aproximadamente R$ 665 por mês), que chegou a 31,3% em 2021, caiu para 19,8% em 2023. Esse avanço não representa apenas o menor índice da série histórica, mas também reflete o impacto de medidas de transferência de renda, geração de empregos e programas sociais adversos para as mais vulneráveis.
O movimento na extrema pobreza (menos de US$ 2,15 por dia ou R$ 209 por mês) foi semelhante, com o índice caindo para 2,2% da população em 2023, também o menor da série. Esse resultado demonstra a importância de iniciativas específicas para a população em situação de maior fragilidade econômica.
Entretanto, a redução nos índices não deve mascarar os desafios ainda existentes. Quase 20% dos mineiros continuam vivendo abaixo da linha de pobreza, o que evidencia a necessidade de continuidade e ampliação de políticas públicas. A garantia de direitos básicos como educação, saúde, saneamento e habitação segue sendo essencial para a consolidação de uma sociedade mais justa e igualitária.
A redução da pobreza é um marco a ser comemorado, mas também um lembrete de que há muito a ser feito.
O fortalecimento da economia, aliado às ações sociais efetivas, pode transformar esses avanços em conquistas permanentes, beneficiando não apenas os mineiros, mas inspirando outros estados do Brasil.