Saneamento
Os números apresentados pelo estudo conduzido pela IFAT Brasil, em parceria com a Pezco Economics e a Resolux Company, são alarmantes e reforçam a urgência de ações robustas para garantir o acesso ao saneamento básico em Minas Gerais. A ausência de uma rede de esgoto para 23,5% da população e a falta de acesso à rede de água para 15,8% dos mineiros são retratos de uma desigualdade inaceitável em pleno século XXI.
O saneamento básico é um direito fundamental e indispensável para a saúde pública, o desenvolvimento social e a preservação ambiental. No entanto, os dados mostram que Minas Gerais ainda enfrenta desafios estruturais profundos: 36,8% da água é perdida nas redes, um indicativo de ineficiência e desperdício que contrasta com a realidade de tantos cidadãos sem acesso ao recurso. No que diz respeito ao tratamento de esgoto, os números também são preocupantes: apenas 43,7% do esgoto gerado é tratado, um índice que evidencia a vulnerabilidade ambiental e os riscos à saúde da população.
Esses dados demandam respostas urgentes. O déficit no saneamento não é apenas um problema de infraestrutura; é uma barreira ao desenvolvimento sustentável e à dignidade humana.
Governos, empresas e a sociedade civil precisam atuar de forma conjunta para reverter esse quadro, priorizando investimentos em redes de água e esgoto, combatendo perdas e ampliando a cobertura do tratamento de resíduos.
Além disso, políticas públicas devem focar em regiões mais vulneráveis, onde a ausência de saneamento exacerba a pobreza e a exclusão social. Programas de educação ambiental e uso consciente dos recursos hídricos também são essenciais para complementar as medidas estruturais.
Minas Gerais, com sua riqueza cultural e econômica, não pode permitir que milhões de pessoas vivam sem acesso a condições mínimas de saneamento.