O mercado de trabalho formal em Minas Gerais segue demonstrando resiliência e capacidade de adaptação diante de desafios setoriais e conjunturais. Uma análise do Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes a novembro de 2024, revela um cenário de crescimento moderado, mas consistente. Foram criados 1.110 novos postos de trabalho no estado, resultado de 204.592 admissões e 203.482 desligamentos.
O setor terciário, abrange comércio e serviços, desponta como o grande motor do mercado de trabalho mineiro. Responsável por 52% das novas contratações no mês, adicionou 11.350 profissionais ao mercado formal. Esse desempenho reflete a força da economia voltada ao consumo e à prestação de serviços, setores que continuam em expansão, mesmo em um contexto de desafios econômicos globais.
Por outro lado, os setores de agropecuária e construção civil enfrentaram retração, com uma perda de 3.226 e 7.080 vagas, respectivamente. Essas quedas são atribuídas, em grande parte, a fatores sazonais e climáticos que impactaram diretamente essas atividades. A construção civil, historicamente sensível a flutuações econômicas, enfrenta também desafios relacionados ao custo de insumos e à desaceleração de grandes projetos. Já a agropecuária foi afetada por condições climáticas adversas, que reduziram a produção e a necessidade de mão de obra.
Apesar dessas remessas, o saldo positivo reforça a capacidade de adaptação da economia mineira. O estado mantém sua posição como um dos mais dinâmicos do país em termos de geração de emprego, demonstrando que, mesmo em meio às dificuldades, há espaço para avanços. O desempenho do setor terciário, aliado à possibilidade de recuperação em setores como agropecuário e construção civil nos próximos meses, oferece perspectivas otimistas para o mercado de trabalho em 2024.