Meu comentário, breve, sobre esta obra de Eloésio Paulo tem como referência o prefácio “Um desafio à inteligência”, de Luiz Ruffato que, com a propriedade de um escritor e crítico literário diz, à página 19: “Enfim, um livro que, por ser um desafio à inteligência, tem que obrigatoriamente ocupar um lugar de destaque em todas as bibliotecas, sejam públicas ou privadas.”
E por que essa afirmativa?
Porque o autor, no decorrer de 13 longos anos, encontrou tempo para ler duzentos e um romances brasileiros – compreendendo 118 escritores dos períodos do Romantismo até a atualidade – publicados entre 1843 a 1999.
A característica evidenciada nos comentários sobre cada obra lida, é que os textos são curtos – em 30 linhas no máximo – nos dando a exata dimensão do conteúdo das obras lidas, sem deter sobre as características literárias de cada época em que foram escritas.
Dessa forma o leitor é orientado sobre o romance A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo; assim como Chapadão do Bugre (1965), de Mário Palmério; ou ainda No Coração dos Boatos (1984), de Uilcon Pereira.
Importante desta obra é que ela foge completamente das leituras acadêmicas à luz da teoria literária, permitindo a nós, leitores, sermos orientados para o conteúdo dos romances focalizados – numa síntese brilhante – pelo autor.
Concluído, faço uso de parte do texto da contracapa desta obra, pois ele é a imagem do que o leitor encontrará no interior do livro. “A ideia geradora deste livro pode ser resumida deste modo: o autor, certo dia, achou que faltava uma obra assim e resolveu fazê-la. Mais de uma década depois, aqui está o resultado: uma série de resenhas tentando dizer quais são e como são os 201 romances mais relevantes que se publicaram no Brasil até o último dia do século XX.”
Hugo PONTES*
Professor, poeta e jornalista