Poços de Caldas, MG – A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na tarde desta segunda-feira, o autor da tentativa de homicídio ocorrida no bairro Santa Rosália, em fevereiro deste ano, em Poços de Caldas.
O crime aconteceu na noite de 2 de fevereiro, nas proximidades de um bar, quando a vítima, um homem de 45 anos, foi atacada pelas costas com golpes de canivete na cabeça e no braço. Devido à gravidade dos ferimentos, a vítima permaneceu em coma na UTI por aproximadamente 10 dias.
As investigações apontaram que o crime foi motivado por desavenças envolvendo a ex-namorada da vítima, que estava em um relacionamento com o investigado. Durante o período em que esteve foragido, o autor contou com o apoio da namorada para se esconder da polícia.
Na tarde de segunda-feira, 17, os policiais cumpriram o mandado de prisão no bairro Parque das Nações. O autor foi preso e encaminhado ao presídio de Poços de Caldas, onde permanece à disposição da Justiça. Durante a operação, a arma utilizada no crime, um canivete, foi apreendida na residência do suspeito.
A delegada Juliane Emiko Hissanaga, responsável pelo caso, concedeu entrevista à imprensa na tarde desta terça-feira, destacando a importância do trabalho investigativo para a captura do foragido. “A Polícia Civil, através da 1ª Delegacia Regional de Poços de Caldas, conseguiu cumprir o mandado de prisão e levar o autor à Justiça”, afirmou.
No dia do crime, um domingo, os dois se encontraram por acaso em um bar e começaram a se provocar dentro do estabelecimento. Em determinado momento, a vítima deixou o bar e caminhou por cerca de três postes de distância. O autor, então, foi atrás e desferiu um golpe por trás na cabeça da vítima. Ao tentar se defender, a vítima foi atingida também na testa e no braço. Mesmo ferida, conseguiu retornar ao bar e se deslocar até a UPA, onde sofreu uma parada cardíaca e entrou em coma, permanecendo inconsciente por 10 dias.
A delegada Juliane Emiko informou que o autor não possui antecedentes por homicídio, mas revelou detalhes perturbadores da investigação. No dia do crime, ele chegou a enviar uma foto de sua mão ensanguentada para a namorada, como forma de comprovar que havia “feito o serviço”. Durante a investigação, a polícia obteve áudios em que o autor descreve a sensação de prazer ao esfaquear a vítima. “Ele relatou o grande prazer que sentiu ao desferir os golpes, demonstrando frieza e total desvalor pela vida humana”, afirmou a delegada.
Se condenado, o suspeito pode pegar uma pena de 12 a 30 anos de prisão. A investigação conta com testemunhas, além da apreensão da arma do crime e outras evidências colhidas durante o processo.