Burnout não é apenas cansaço. É um esgotamento profundo que se constrói ao longo do tempo e precisa ser levado a sério. O cansaço extremo tem uma história, e ignorar seus sinais pode ter consequências graves para a saúde mental e física.
Exaustão emocional, despersonalização, sensação de baixa realização… Seu corpo fala, sua mente grita, mas será que você está ouvindo? O que sua exaustão está tentando lhe dizer?
Vivemos em uma cultura que glorifica a produtividade sem pausas, como se descansar fosse um privilégio e não uma necessidade. Mas você não nasceu para ser produtivo o tempo todo. O descanso também faz parte do processo. Trabalhar até o limite não é um troféu, é um alerta.
Se sua identidade está totalmente atrelada ao trabalho, o Burnout pode fazer você esquecer que é muito mais do que aquilo que faz. Quando a exaustão se instala, simplesmente tirar férias ou dormir mais não basta. O que realmente precisa mudar na sua relação com o trabalho?
A pressão para dar conta de tudo e a culpa por desacelerar são desafios reais, mas ignorar os sinais do corpo pode ter um custo ainda maior. Frases como “Trabalhe com o que ama e nunca mais precisará descansar” ou “Trabalhe enquanto os outros descansam e você será um vencedor” vendem um ideal perigoso. Amor pelo trabalho não deveria significar autoexploração.
E quando o expediente termina, o que sobra de você? Se a resposta parece incerta, talvez seja hora de buscar um novo equilíbrio. A terapia pode ajudar a compreender seus limites, resgatar o prazer na vida e construir uma relação mais saudável com o trabalho. Você não precisa enfrentar isso sozinho.
Veruska Matavelli Prata Maziero
Psicóloga- CRP 04/79749
Instagram: @psiveruskamaziero