Os números do comércio internacional divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) mostram que Minas Gerais segue firme como um dos grandes protagonistas da economia brasileira. Entre janeiro e março de 2025, o estado alcançou um superávit de US$ 5,6 bilhões, com exportações somando US$ 9,9 bilhões e importações de US$ 4,3 bilhões. O destaque de março, com um saldo positivo de US$ 2,4 bilhões, evidencia a força do setor externo mineiro mesmo diante das oscilações do cenário global.
Mais que o volume, chama atenção a diversidade e o alcance das exportações, que avançaram 8,9% em relação a março do ano passado. As importações também cresceram, em 17,9%, sinalizando não apenas aumento da demanda interna, mas também maior integração da indústria mineira às cadeias produtivas globais.
Cidades como Varginha, Araxá, Guaxupé, Conceição do Mato Dentro, Nova Lima e Paracatu somaram, juntas, US$ 1,3 bilhão em vendas ao exterior apenas em março. Varginha liderou a lista, com exportações de café que totalizaram US$ 325 milhões, principalmente para Alemanha e Estados Unidos. O dado ilustra o peso da produção agrícola de Minas, sobretudo no Sul de Minas, região cada vez mais conectada ao mercado global.
Minas Gerais figurou ainda como o segundo maior exportador do Brasil no mês, respondendo por 13,1% do comércio internacional do país, atrás apenas de São Paulo. Isso reforça a importância estratégica do estado para o desempenho nacional, com destaque para setores como mineração, agropecuária e produtos de alto valor agregado.
O superávit robusto, a performance regional consistente e a manutenção de uma balança comercial favorável são indícios claros de uma economia mineira dinâmica, que combina tradição e inovação e se adapta com eficiência aos novos rumos do mercado internacional.