Minas Gerais vive um momento emblemático no setor externo. As exportações do agronegócio mineiro acabam de alcançar o melhor trimestre de toda a série histórica iniciada em 1997, consolidando-se como a principal força da balança comercial do estado. Com uma fatia de 45,3% das exportações totais – superando o setor mineral, historicamente dominante –, o agro mineiro reafirma sua relevância econômica e estratégica.
Entre janeiro e março, a receita com exportações do setor somou expressivos US$ 4,5 bilhões, com volume de 3 milhões de toneladas. Ainda que tenha havido uma queda de 14,2% no volume em comparação ao mesmo período do ano anterior, o faturamento cresceu 26%, reflexo direto da valorização das commodities agropecuárias, cujo preço médio por tonelada subiu 47%. Para efeito de comparação, os demais segmentos da economia mineira apresentaram valorização média de apenas 13%, o que reforça o bom momento vivido pelo agronegócio.
Março, por sua vez, foi o melhor mês isolado já registrado desde o início da série histórica, resultado que coroa o desempenho acumulado do trimestre. Um dos destaques mais surpreendentes do período foi o salto nas exportações de ovos, que cresceram mais de 260% impulsionadas pela crise sanitária provocada pela influenza aviária nos Estados Unidos, abrindo espaço para os produtores brasileiros no mercado internacional.
O café, símbolo da economia e da cultura mineira, mantém seu protagonismo absoluto. Com receita de US$ 2,9 bilhões e mais de 7,8 milhões de sacas exportadas, o grão segue como carro-chefe das exportações estaduaisl.
Esse panorama confirma o dinamismo e a capacidade de adaptação do agronegócio mineiro, que tem conseguido agregar valor, conquistar novos mercados e responder de forma eficaz às demandas globais.