OPINIÃO – Sofisma e Mistificação
Político 10 x eleitor zero. Recorrendo ao placar que, se é em jogo de basquete não significa muito, mas num jogo de futebol representa uma goleada, venho à presença do leitor para dizer sobre aquilo que vai no pensamento de todos.
Mas expressar isso com palavras resultaria em um sonoro palavrão.
Não desconsiderarei, caro leitor, a palavra de quem quer que seja no que se refere a falar de promessas de políticos. E promessa só cumpre quem um religioso com fervor, ou um cidadão de muito caráter.
Entretanto, é bom que o leitor e – sobremaneira – o eleitor tenha em mente as questões voltadas para o sofisma e a mistificação.
Sofisma é o argumento – aparentemente válido – mas na realidade, não conclusivo, e que supõe má-fé da parte de quem o apresenta.
Não raro, estamos rodeados de sofistas.
Basta haver início de alguma especulação em termos de disputas eleitorais para que os sofistas brotem em quantidade, tentando passar à população o fato de alguém estar fazendo ou querendo fazer alguma coisa em prol da cidade e, por consequência, a/traindo o eleitor.
Basta observar o discurso de que o dito-cujo candidato se apresenta com um ser cândido, solícito, amigo e que – através dele – a cidade ou a região podem ter benefícios mil a partir do momento em que o cândido se sentar no trono de uma câmara estadual ou federal. Se estadual, some para Belo Horizonte e nunca mais aparece; se federal pega o primeiro voo para Brasília e vida nova no planalto central.
Ah, e o dia em que aparecer estará num possante carro 0 km, com placa da assembleia, acompanhado de assessores e motorista de terno e cartola. Andar de lotação municipal? Nunca mais.
Hugo Pontes
Professor, poeta e jornalista