Já falamos várias vezes da verba pública para financiar as eleições, que é conhecida como fundão. O valor de R$ 5 bilhões é de assustar qualquer um.
Além do absurdo do valor, outro problema deve entrar em pauta nestas eleições. É o desafio da Justiça Eleitoral em fiscalizar o uso desta verba destinada às campanhas. O motivo da preocupação é que a estrutura de controle é similar à de quatro anos atrás, quando o fundo eleitoral era de R$ 1,7 bilhão.
A análise da prestação de contas dos partidos e candidatos sempre foi um desafio enorme e, muitas vezes, leva mais de cinco anos para finalizar um procedimento desta natureza.
Agora, como o dinheiro envolvido nas campanhas eleitorais é ainda maior, há o temor de que esse cenário piore.
A Justiça tem obrigação de apreciar as contas dos políticos eleitos antes da posse no mandato. Para as demais campanhas, no entanto, geralmente não se dá prioridade.
Além da demora, é alvo de críticas históricas a falta de rigor na verificação que é feita nas contas. Ou seja, alguns candidatos aproveitam desta dificuldade para tentar burlar a lei eleitoral com gastos ilegais.
Mesmo com o avanço da tecnologia a dificuldade para a fiscalização é grande e permite este tipo de manipulação do dinheiro público.