Mestre Sá, o professor

Sobre o que se tem de informações, a atividade existe desde que o homem, informalmente, passou as primeiras instruções e conhecimentos a seus semelhantes. Entretanto na civilização, como atividade formal, o ato de ensinar vem desde os egípcios. O mestre ensinava as regras morais aos príncipes.

Mas essa é uma história que levaria muito tempo para sairmos da raiz até chegarmos ao cerne daquilo que esta crônica pretende. E não é minha intenção ser professoral para o leitor.

Os governantes do Brasil, desde os tempos da Colônia, chegando à República, nunca deram a atenção necessária à educação do povo.

Penosamente chegamos até o ano de 1930 com o esforço maior de alguns cidadãos abnegados que, durante um grande período de suas vidas dedicaram-se à educação formal dos jovens brasileiros seja na capital ou no vasto interior desse vasto território nacional.

Poços de Caldas não fugiu à regra no tocante à situação das demais cidades mineiras.

Por volta de 1880, o primeiro professor a chegar às terras do que seria no futuro a cidade de Poços de Caldas, foi José Antônio Augusto de Sá, conhecido como Mestre Sá, conforme relato do médico Mário Mourão no seu livro “Poços de Caldas – Síntese Histórico-Social.

Mestre Sá foi o fundador, professor e responsável pela primeira escola pública local, sendo o primeiro alfabetizador de uma pequena geração de crianças nascidas em terras poços-caldenses.

Naquele tempo a “escola pública” resumia-se em uma sala ou uma casa alugada e mobiliada à custa do próprio professor. O censo oficial daquele ano de 1880 registrava que 78% da população brasileira, acima de 15 anos de idade, era analfabeta.

Mestre Sá era farmacêutico por profissão, tendo sido o fundador da Farmácia Nossa Senhora da Saúde.

Nesta terra cumpriu com o dever máximo e a honra maior de fazer chegar as primeiras letras a todas as pessoas, principalmente à população carente.

Em 1886, quando de sua passagem por Poços de Caldas, Dom Pedro II fez uma visita à Escola do Mestre Sá e o imperador elogiou o trabalho realizado pelo professor.

Entretanto, sua vida de mestre não foi muito fácil, pois como em todas as atividades, em todas as épocas e seja lá em qual for o espaço, o professor é sempre uma pessoa que incomoda. Incomoda porque pensa e faz pensar.

Com isso, e por ser atavicamente histórico, e nada que fuja ao que muitos de nós sofremos em tempos modernos, Mestre Sá teve um desentendimento com um advogado, conhecido por Gama. Este denunciou Sá ao governo de Minas Gerais, dizendo que o mestre se dedicava mais à farmácia do que à escola.

Mestre Sá, entristecido com o episódio, abandonou a atividade de professor, depois de 15 anos de magistério, para ser apenas José Antônio Augusto de Sá, farmacêutico.

E Poços de Caldas, daquele distante século XIX perdeu o seu primeiro mestre, como de resto todo o país vem perdendo até este século XXI grandes professores e professoras pelos motivos mais variados, notadamente pela falta de valorização da profissão, ou mesmo por perseguições políticas.

Neste ano de 2022 – sesquicentenário de Poços de Caldas – nossa homenagem ao Mestre Sá, que bem poderia ser nome de uma escola local.

Hugo Pontes

Professor, poeta e jornalista

 

 

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