Lixo de Poços começa a ser levado para aterro sanitário em Casa Branca
Poços de Caldas, MG – Desde o último dia 1º de agosto, todos os resíduos sólidos coletados em Poços estão sendo transportados para a cidade de Casa Branca, no interior de São Paulo. O transporte foi a solução encontrada para o depósito do lixo produzido no município. A coleta é realizada normalmente pela empresa Liarth. Mas, ao invés de depositar os resíduos no aterro controlado, localizado na região sul da cidade, agora eles são levados para uma estação de transbordo, localizada próximo à divisa com Águas da Prata. Com isso, a área do aterro foi fechada e passará por inspeções ambientais periódicas.
No início do mês de julho, foram iniciados os testes na área do transbordo, um espaço de 48 mil m². Uma empresa de Ribeirão Preto foi a vencedora da licitação para construir esta área e também transportar os resíduos para Casa Branca. Diariamente, são produzidas 120 toneladas de lixo em Poços. O custo para este transporte é de R$ 159,50 a tonelada. Nesta área, não existe depósito de lixo. Os caminhões da coleta chegam e despejam os resíduos em carretas, que ao terem a carga completa já realizam a viagem até o destino final.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos Antônio Donizetti Albino, a solução encontrada para a destinação do lixo na cidade foi muito positiva e já é uma prática comum em diversas cidades pelo Brasil. “Com este transporte, não temos mais lixo exposto a céu aberto, minimizando danos ambientais e ainda eliminando o problema dos catadores e de animais soltos no antigo aterro.”
A prefeitura realizou diversas reuniões com representantes destes catadores que tinham atividades no antigo aterro controlado. Do total de famílias cadastradas, 54 delas foram inseridas no cadastro único da Promoção Social e grande parte tem acompanhamento sistemático pelos Cras. Existe ainda um trabalho desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho para inserção destas pessoas no mercado formal de empregos.
Para tentar diminuir os custos com o transporte do lixo, a administração municipal irá intensificar as campanhas de orientação sobre a correta separação dos materiais de reciclagem. Existe ainda um estudo para implantação de um projeto de educação ambiental nas escolas do município, incentivando a separação dos recicláveis. Com um menor volume de resíduos sólidos, além do município economizar nos valores do transporte, ainda existe um ganho ambiental e também proporciona mais renda para as famílias que trabalham nas cooperativas de recicláveis.
Judicial
O fim do aterro controlado na cidade também termina com uma pendência judicial junto ao Ministério Público que, em 2016, firmou um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), estabelecendo um prazo para que o município adequasse o aterro controlado da cidade. Em 2019, o prazo venceu, mas a cidade, depois de muitas tentativas, ainda não havia chegado a um consenso sobre o destino final do lixo. Desde então, a prefeitura pagava uma multa diária de 500,00.
O Executivo chegou a procurar novas áreas para construção de novo aterro, e também considerou enviar o lixo até o aterro de Andradas, mas nenhuma das opções teve êxito. Então, optou-se pela solução da área de transbordo e enviar o lixo para outro município, o que foi feito por meio de licitação.