“Possibilidade de terremoto em Poços é remota”, dizem geólogos

Delma Maiochi
delmaiochi@hotmail.com


Poços de Caldas, MG – Alguns registros de tremores em Poços costumam acordar a população com aquela sensação de algo vai desabar. Apesar de não ter passado de uma pequena “acomodação das rochas”, o susto é grande e surge o questionamento: somos lugar propício para terremotos? A reportagem ouviu os geólogos Marcelo Ribeiro Barison, Matheus Fernando Ancelmi e Carolina Del Roveri, professores doutores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), campus Poços.
Ancelmi diz que o tremor não parece ter relação com as rochas de Poços propriamente, mas que o assunto é de grandes dimensões para ser explicado com simplicidade.
“Pelo Observatório de Sismologia da UnB, o epicentro foi fora do maciço de Poços de Caldas. Aconteceu em Divinolândia. Em fevereiro teve um de mesma escala em São Sebastião da Grama, bem próximo ao limite do maciço. Ou seja, até existe uma recorrência. Porém, não consigo ver uma relação causal com relação às rochas que compõem as estruturas do maciço e este evento, em específico. Aliás, no território brasileiro como um todo há terremotos nesta escala e em diversos terrenos geológicos. Seria somente acomodação das estruturas em relação a esforços diminutos? Isso seria uma explicação genérica, mas acredito que sim. Agora, explicar de onde vem estes esforços é muito complicado. Deve ter várias hipóteses”.

Terremoto ou tremor?
Barison ressalta que existem diferenças na nomenclatura para designar os sismos e que eles são baseados na magnitude da escala Richter (sistema que mede a potência de um tremor em um determinado lugar).
“No Brasil temos vários registros de sismos, mas não chegam a ser terremotos, porque esses abalos são medidos pela escala Richter e somente acima de 7 graus é considerado terremoto. Nesta proporção ele causa danos socioeconômicos, ou seja, há perdas de edificações e há perdas de vidas humanas também, associadas. Porque a energia é muito grande. Em Poços, o grau constatado na escala Richter é baixo, entre 2 e 3 graus, então não chamamos de terremoto, e sim de sismos ou tremores. A sensação da energia é muito menor e nem todos percebem que houve algum abalo na estrutura da crosta. No Brasil já ocorreram alguns tremores que foram perceptíveis. Em 1992 a gente teve em Mogi Guaçu, que registrou uma média de 5 graus na escala Richter. No Brasil as regiões com maior concentração de sismos são Sudeste, Nordeste e Centro-oeste, mas no máximo grau 5, que é raro. A média fica na faixa de 2.5, que muitas vezes passa até por imperceptível. O motivo pode ser o fato de a placa tectônica sul-americana estar toda trincada e quando ela sofre compressão ou distensão acaba tendo pequenos ajustes e a crosta dentro do Brasil sofre quebras, que chamamos de falhas geológicas superficiais, o que leva a um tremor de baixa magnitude”, pontua o geólogo.

Densidades de rochas
Barison ainda ressalta que em Poços de Caldas a possibilidade de um terremoto é muito baixa devido ao modelo de rochas na formação geológica da região.
“É o segundo temor registrado em período de tempo relativamente curto em Poços. Mas é bom a gente lembrar que temos ainda muito para estudar e entender o que está ocorrendo no município. A nossa realidade na geologia é muito atípica, porque estamos dentro de uma caldeira vulcânica e esse vulcanismo que ocorreu foi no passado geológico, a 74 milhões de anos atrás. Isso gerou rochas aqui que a gente chama de ultrabásicas, que têm uma densidade em geral muito alta. Temos rochas também com uma densidade menor, que chamamos de intermediárias, mas o que reina aqui dentro são rochas com uma densidade muito alta, na faixa de 2.9 gramas por centímetro cúbico. E nos arredores de Poços, nas cidades mais vizinhas, como Caconde e Divinolândia, por exemplo, as rochas possuem densidade menor. Essa diferença de densidade também pode ser a causa de termos pequenos ajustes, o que faz com que haja alguma acomodação não muito profunda e que gere esses sismos aqui dentro de Poços de Caldas”, explica.

México
Um terremoto de magnitude 7,4, considerada forte, atingiu o litoral sul do México nesta terça-feira (19). Mas, o que isso tem a ver com o tremor sentido em Poços de Caldas? A geóloga Carolina Del Roveri explica a possível conexão.
“Coincidentemente, tivemos um terremoto significativo no México, com queda de estruturas e mortes. A falha que gerou esse sismo está em 15 km de profundidade, liberando uma energia muito grande. Como o México está situado nas Américas, existem geólogos que acreditam que pode haver alguma consequência para o Brasil. Quando esta energia chega aqui, mesmo com menor potência, e encontra blocos de rochas que estão sofrendo alguma tensão, ela se dissipa e pode gerar o cismo sentido em Poços de Caldas”, diz ela.

Edificações
Há ainda outra hipótese que pode possibilitar a ocorrência de tremores aqui ou em outros locais. “Quando se começa a construir muitas edificações numa região isso aumenta o peso sobre o substrato rochoso provocando pequenas acomodações devido à carga imposta pela construção de muitos prédios, de muitas estruturas civis. Acaba que o substrato vai tender a se acomodar, libera um atrito e, consequentemente, libera energia, que é um sismo. Esse fator pode ser uma das causas do tremor sentido aqui dentro da cidade Poços de Caldas”, descreve Barison.

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