INB Caldas retoma sobreembalagem de tambores de Torta II
Poços de Caldas, MG – A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) retomou, dia 28 de setembro, a remediação dos embalados de Torta II da Unidade em Descomissionamento de Caldas (UDC). A atividade, que deve durar mais de um ano, foi aprovada e será fiscalizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e tem por objetivo atingir 16.100 tambores metálicos.
A remediação consiste na sobreembalagem dos tambores oxidados de Torta II com novos tambores metálicos e na substituição dos paletes por novos, visando garantir o acondicionamento do material. A previsão para concluir o trabalho é de 12 a 14 meses. “Como sobreembalamos 3.500 tambores no início do ano, temos um parâmetro de como a operação deve acontecer e a previsão do tempo de término”, explicou o gerente de Descomissionamento João Viçozo da Silva Júnior. A operação conta com equipamentos e profissionais próprios e contratados. Foi realizada, também, a contratação de um leito de hospital em Poços de Caldas, destinado à descontaminação de vítima de um eventual acidente durante o trabalho.
“Nessa operação também ocorrerá a pesagem e retirada de amostras para análises laboratoriais, objetivando aprimorar o inventário da Torta II”, explicou o gerente.
A primeira etapa da remediação dos embalados aconteceu na unidade entre os meses de janeiro e maio de 2022 e priorizou as pilhas instáveis. A meta da remediação era de 1.500 embalados e foi superada em menos de dois meses de operação, tendo resultado na sobreembalagem e substituição de paletes de 3.500 tambores metálicos, assim como na substituição de paletes de 400 bombonas plásticas.
Treinamento
Os profissionais envolvidos na operação passaram por diversos treinamentos antes do início da atividade. Para os funcionários do hospital contratado, foram ministrados treinamentos de proteção radiológica e de atendimento à emergência radiológica.
Resíduos
O material denominado de Torta II é um resíduo radioativo, proveniente do tratamento químico da monazita. É considerado um material de baixa radioatividade e precisa ser estocado seguindo normas de segurança.
A monazita era processada para produzir compostos de terras raras, utilizadas em cerâmicas, composição de materiais eletrônicos, supercondutores, imãs permanentes e ligas metálicas especiais.