Divisão
O país amanheceu dividido nesta segunda-feira (31), depois da eleição de Lula para presidente neste domingo. Por uma margem apertada, Lula conseguiu, com a ajuda do Nordeste, uma vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro, que levou mais votos no Sul e Sudeste.
Uma polarização jamais vista antes no país marcou a eleição deste ano com muitas polêmicas e problemas durante as campanhas.
Lula deverá enfrentar dificuldades para governar porque a eleição de um Congresso mais centro-direita deverá pautar as discussões e os projetos. A habilidade de negociação do ex-presidente deverá ser colocada à prova para que seu governo tenha vida mais fácil no Legislativo. É aguardar para ver como será a reação dos novos congressistas. Dizem que neste caso a caneta do presidente fala alto e tem condições de virar o jogo.
Em Poços a aposta da população foi na reeleição de Jair Bolsonaro. Em Minas, tivemos um empate com a entrada de Zema na campanha. Zema terá que negociar como o novo governo porque não abriu mão do apoio ao presidente e arregaçou as mangas no segundo turno.
Quanto ao novo governo, Lula ficou devendo informações sobre seus planos. Isso tem deixado o mercado apreensivo e deve ficar assim até que o novo presidente coloque as cartas na mesa.
O governo Lula entra no seu terceiro mandato diferente dos outros. Dinheiro curto, guerra e dificuldades internacionais e com uma oposição forte que deverá comparar o tempo todo o seu governo com o atual, principalmente no setor financeiro, administração de estatais e envolvimento em corrupção. Lula tem que provar que pode fazer diferente.