Loja Maçônica Estrela Caldense parabeniza Poços em seu sesquicentenário
Poços de Caldas, MG – Na data em que Poços de Caldas completa o seu sesquicentenário, os obreiros da Loja Maçônica Estrela Caldense parabenizam a cidade pela pujança, hospitalidade e desenvolvimento ao longo desse período. A Estrela Caldense acompanha esse crescimento desde 5 de dezembro de 1895, quando foi fundada, e desde então contribuiu ativamente para com a cidade, atuando com excelência na área educacional (Colégios São João da Escócia e Colégio Sete de Setembro), de saúde (Hospital Pedro Sanches) e social (Lar de Irmã Catarina), além de fornecer, desde sua fundação, os seus melhores componentes para os quadros nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Prestes a completar 128 anos, a Loja Maçônica Estrela Caldense acompanhou Poços de Caldas desde que ainda era uma vila com poucos habitantes até os dias atuais, quando se transformou numa cidade pujante com cerca de 180 mil habitantes, se destacando no Brasil e no exterior como um dos mais procurados destinos termais do país, fruto de suas águas sulfurosas, belezas naturais e hospitalidade do povo mineiro.
Educação em
Poços de Caldas
Desde sua fundação a Loja Maçônica Estrela Caldense mostrou sua grande preocupação para com a educação escolar das crianças da Vila de Poços de Caldas. Em 21 de agosto de 1896 o venerável mestre Antônio Pereira Guimarães comunicava aos irmãos do Quadro que no dia 7 de setembro daquele ano, quando das comemorações do septuagésimo quarto aniversário de nossa independência, seria inaugurada a Escola Noturna a ser mantida pela Loja e destinada ao ensino primário. Essa primeira tentativa durou pouco tempo em função da falta de recursos para a manutenção da mesma e em janeiro de 1898 encerrou suas atividades.
Em 1905 nova tentativa também se revelou infrutífera. Mas em 25 de outubro de 1913 o maçom Joaquim Bernardes de Freitas, depois de fazer diversas referências quanto à falta de ensino primário na Vila de Poços de Caldas propôs que a Estrela Caldense fundasse uma escola “para proporcionar esse benefício às crianças, tanto filhos de maçons como de outras pessoas”.
Após quase dois anos de discussões, avaliações e busca de recursos financeiros, finalmente nascia a Escola São João da Escócia, fundada em 1° de julho de 1915. Na véspera da inauguração da escola, tomava posse o novo venerável mestre da Loja Maçônica Estrela Caldense Arthur Lopes de Camargo.
No dia 30 de julho de 1915, em sessão especial, aprovavam-se os Estatutos da Escola e elegia-se sua primeira diretoria, tendo como presidente Pedro Linguanotto, secretário Joaquim Bernardes de Freitas e tesoureiro Virgílio Chaves.
O nome escolhido foi uma homenagem às Lojas Maçônicas Escocesas, responsáveis por um grande movimento de reorganização da instituição maçônica que, na época, escolheram São João Batista como seu padroeiro, com a denominação de São João da Escócia.
O tempo passou e aquela pequena escola cresceu e na década de 1950 surgiu a possibilidade, através do maçom Arino Ferreira Pinto, da incorporação da Escola Técnica de Comércio pela Escola São João da Escócia, sendo criado o Instituto Educacional São João da Escócia em 19 de agosto de 1954.
A partir dessa incorporação começou uma nova era de crescimento e sucesso daquela pequena Escola fundada em 1915 pela Loja Maçônica Estrela Caldense. O grande salto de qualidade estava em andamento, graças à contribuição de todos os maçons da Estrela Caldense que desde 1915 lutaram bravamente por um ensino laico e de qualidade, pela visão estratégica e inovadora do Dr. José Vargas de Souza e pela organização, dedicação e amor ao magistério do professor Arino Ferreira Pinto.
O desfile de 7 de setembro de 1955, primeiro realizado com a denominação de Instituto Educacional São João da Escócia, foi um grande sucesso para diretores, professores e alunos do Instituto, além de ter recebido aplausos entusiasmados de toda a população que lotou a Praça Pedro Sanches. Pela primeira vez os alunos da Escola Técnica se juntaram aos alunos da Escola Primária conferindo ao desfile um garbo todo especial com os novos uniformes e instrumentos da fanfarra.
O maçom Ivo Sandry parabenizou o Instituto pelo brilho na empolgante parada cívica em comemoração ao “Dia da Pátria”. Solicitou um voto de louvor aos maçons Turido Bonazzi, Manoel de Freitas e Benedito Norberto Filho, que envidaram grandes esforços para que esse sucesso ocorresse. Pediu ainda que fossem enviadas cartões de agradecimento às professoras da Escola, ao senhor Benedito Cirilo de Oliveira e Cabo Jairo, pela colaboração prestada naquela ocasião do desfile do Instituto.
Ao longo das décadas de 1960, 70, 80, 90 e 2000 o Instituto teve um notável crescimento formando milhares de alunos competentes de Poços de Caldas e de toda a região. O ensino de qualidade, as instalações invejáveis e os professores muito bem preparados transformaram o Instituto num dos melhores colégios do interior de Minas Gerais.
A partir de 4 de fevereiro de 1997 o Instituto Educacional São João da Escócia encampou a Escola Sete Setembro passando a ter a mesma Diretoria e Estrutura Administrativa mantendo, porém, independente a linha pedagógica os professores e colaboradores. Atualmente, o presidente do Instituto Educacional “São João da Escócia”, ao qual o Colégio Sete de Setembro está ligado, é o maçom Luís Antônio Gaiga, que, juntamente com sua equipe de abnegados irmãos da Estrela Caldense, professores qualificados e funcionários que primam pela competência, promove a educação e o preparo profissional de algumas centenas de jovens que buscam aquele estabelecimento de ensino anualmente.
Colégio Sete de Setembro
Em 1o de fevereiro 1922, ano em que todo Brasil comemorava o I Centenário de nossa Independência, foi fundada em nossa cidade a Escola Sete de Setembro que por receber meninos e meninas ficou conhecida por Escola Mista. A Escola começou a funcionar no dia 16 de fevereiro desse mesmo ano e ocupava um prédio na rua Assis Figueiredo (que nessa época denominava-se Paraná) no 963, mantendo o então chamado curso primário. Sua criadora, Dona Carolina Bernardo, manteve-se como sua diretora até o ano de 1932, quando passou o cargo à sua irmã, professora Nicolina Bernardo que permaneceu no cargo até 1967.
Quase meio século após sua fundação, e sempre dirigida pela família Bernardo, a escola, que à época era popularmente conhecida como “escola da Dona Nicolina”, foi adquirida, em 15 de dezembro de 1967, por Ana Maria Ramos Paiva, Sheila Cury Nogueira da Silva (que foi a Diretora no período inicial), Célia Beatriz Marcassa e Maria Lúcia Pelachin (Diretora de 1970 a 1992). Nessa ocasião a escola passou a ter nova sede na rua Paraíba, 245, para onde se mudou, funcionando até 1981 com o curso pré-escolar e 1o Grau.
Em 20 de setembro de 1981 a Loja Maçônica “Estrela Caldense” adquiriu a escola que foi transformada em sociedade civil sem fins lucrativos, transferindo seu endereço para a rua Corumbá, no Jardim dos Estados, em prédio anexo ao Lar de Irmã Catarina. Aproveitando a experiência adquirida desde 1915 com o Instituto Educacional “São João da Escócia” procedeu uma mudança organizacional, reduziu despesas e conseguiu aumentar o número de matrículas.
Após a aquisição da escola, em 1981, quando vários maçons se tornaram sócios da entidade, constituiu-se a primeira diretoria administrativa composta pelos maçons Antônio José Iranço de Almeida, no cargo de presidente; Birajá Silveira e João Carlos Terra de Podestá, como tesoureiros e Fernando Rocca Ávila, como secretário.
Desde janeiro de 2004 a escola funciona no prédio da rua Ceará, 321, construído em 1980 para abrigar alguns cursos do Instituto Educacional São João da Escócia (aquele mesmo chamado de Unidade II e cujo terreno foi doado pelo saudoso maçom Florindo Alvarez Barreiro), possuindo os níveis de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio Comum, Geral e Extensivo e Pré-Vestibular.
A partir de 4 de fevereiro de 1997 o Instituto Educacional São João da Escócia encampou a Escola Sete Setembro passando a ter a mesma diretoria e estrutura administrativa, mantendo, porém, independente a linha pedagógica os professores e colaboradores.