TARÔ: Magia ou Terapia?
Incondicionalmente terapia! De todas as formas que sejam lançadas essas figuras dotadas de impregnação arquetípica, prevalece o sentido terapêutico na sua mais clara e contundente interpretação. A magia não é tão subitamente visível, ela vai insinuando-se aos poucos e em algumas cartas vale como um compendio de mensagens mágicas. Tomo como exemplo as cartas número I e XXI dos Arcanos Maiores, consideradas nas suas posições de ordem numérica, como o começo e o fim da jornada arquetípica do Louco (carta 0). Na sequência, a carta número 1 (o mago), mostra um jovem elevando seu braço esquerdo e segurando um bastão e, acima de sua cabeça o símbolo do leminiscato (infinito). Á sua frente, sobre a mesa, estão os símbolos de ouro (moeda), espada (arma), a taça para a água e o bastão como o representante do símbolo de paus (fogo) relembrando o bastão do deus Mitra, queimado nas cerimônias rituais da fertilidade. Desta maneira estão representados os quatro elementos. Na sequencia, a carta XXI (O mundo), uma mulher nua segurando dois bastões e está ladeada por um universo composto de troncos de correntes. Suas partes íntimas são cobertas por um suporte, lembrando a figura de Eva. Afora dos quatros cantos da carta, as representações dos quatro elementos simbolizados na parte superior pelo anjo (elemento água), pela Águia (elemento ar) e abaixo da carta o touro e o leão, figuras simbólicas dos elementos Terra e Fogo.
Quais os significados mágicos dessas figuras? Profeticamente a imagem da carta XXI (o mundo) sugere que a mulher é a conquistadora da integração dos hemisférios cerebrais. Por último, resta-nos mencionar a origem sagrada do Tarô, mencionada na célebre obra de Eliphas Levi, “Dogma e Ritual de Alta Magia”, descrita pelo sábio Gafarel, pormenorizadamente, na execução de uma leitura de cartas de Tarô sobre as tábuas da lei, sustentadas pela Arca Sagrada. Vale a pena conferir!
Por: Accacia Barros